TENHO QUE APRENDER

TENHO QUE APRENDER A CONVIVER COM A DOR DA MORTE A DA AUSÊNCIA DE QUEM EU AMO

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terça-feira, 14 de agosto de 2012

VAZIO...

Quinze mêses...451 dias...10.824 horas....649.440 minutos. Esse é o tempo de minha saudade, de minha angustia, de meu desprazer com a vida, de minha tristeza que me fere e me cega. Esse é o tempo que tenho vivido sem sentir nehuma espécie de alegria, de prazer.
Gosto de estar com minha filha, é claro. Acho ela engraçada. Ela é super carinhosa. Gosto de abraçar e beijar ela, mas o vazio está sempre lá. Esse infinito vazio que ficou comigo. Esse vazio tão desesperador, tão desalentador, tão vazio....
Eu queria muito ser mais forte, mais sábia, mas não sou nada. Sou só esse fantasma de mim mesma, que dorme, acorda, faz o que tem que ser feito e não vê a hora de chegar a noite  para poder dormir novamente e quem sabe enganar um pouco esse vazio todo. Quem sabe não vou sonhar e sentir alguma emoção?
Tenho estado tão solitária que nem escrever consigo muito mais. Se eu pudesse ficar quieta o dia todo fechada em um quarto, é o que eu faria, mas não posso e passo o dia levando a Flávia de um lado para o outro, para as atividades dela. Ainda bem que eu tenho ela, pois senão estaria fechada em um quarto.
A morte é detestavel, não tem nada de natural nisso, absolutamente nada de natural.
Eu odeio ser viúva.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

UM ANO DE SAUDADES...

Um ano de saudades, de dor, de tristeza. Perder a pessoa que amamos é aterrador. Não consegui ainda sentir nenhum prazer em nada. Tudo que eu faço, é por fazer. Não sinto empolgação, nem alegria em nada do que tenho feito, simplesmente faço. Isso é horrivel, sempre fui tão alegre e entusiasmada. Não sei se isso um dia vai passar. Acho que estou com depressão. Eu queria sentir alegria novamente.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

9 MESES

Hoje faz 9 meses que não tenho mais meu amor. Estou sentindo muita saudades, esses dias  tem sido dificeis.
Hoje começaram as aulas da Flávia, ela vai estudar de manhã esse ano, ela estava muito anciosa ontem. Coloquei o relógio para despertar às 6:15. Ela pulou da cama, tomou o leite rapidinho, se trocou, preparei o lanche dela elá fomos nós para a escola. Foi legal ver a empolgação dela, mas é tão sem sentido o Eduardo não poder ver ou participar disso. É tão sem gracinha não ter ele  ao nosso lado, em momentos tão importantes como esses.
Estou melhorando com a ajuda de um medicamento que estou tomando, me sinto mais equilibrada, mas o vazio que ficou comigo não some nunca. Não sei se algum dia vou voltar a gostar de viver, por enquanto não gosto mais da vida, estou aqui por falta de opção, mas tenho me esforçado bastante para fazer a Flávia feliz.
Acho que é um bom começo

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

AS VEZES...

Ontem e hoje, estou especialmente com saudades do meu Gatão. Nesses quase 8 meses que se passaram continuo dormindo e acordando, pensando nele, sempre nele. Eu realmente penso no Eduardo 24 horas por dia.
As vezes fico com muita raiva dele, por ele ter saido assim, sem mais nem menos de nossas vidas. As vezes fico com raiva de mim por não conseguir superar essa grande perda. As vezes tenho tanta saudades que dói fisicamente. As vezes fico muito cansada dessa luta, dessa insegurança em relação ao futuro. As vezes choro muito, como ontem a noite. As vezes me sinto melhor, e acho que vou conseguir seguir em frente. As vezes, ainda quero morrer, não com a mesma intensidade de antes, mas ainda chego a desejar isso, porem tenho a minha garota para cuidar, e quando olho para ela  a vontade de morrer passa. Eu sempre soube que ela era a luz da minha vida, mas agora ela realmente ilumina o meu viver, e me faz ter vontade de tentar melhorar e voltar a ser pelo menos metade do que eu era, pois a outra metade está perdida para sempre.
Mas, aos 'trancos e barrancos' continuo em frente, com o Eduardo sempre presente, mas estou  seguindo.

sábado, 31 de dezembro de 2011

QUE VENHA LOGO....

Chegou o último dia do ano.
Logo que acordei, pensei, que vai ser a primeira vez em 24 anos que não vou ganhar um abraço e um beijo na boca de "feliz ano novo", e isso mexeu muito comigo. Estou com a Flávia em um hotel aqui mesmo no PR. A Flávia está se divertindo muito, tem participado de todas as brincadeiras com os monitores e está bem contente, ela lembra muito do pai, pois essa é a  primeira viagem que fazemos juntas, só nós, e é claro que está sendo muito diferente do que era antes, e não tem como não sentirmos isso na pele e no coração. O Gatão faz muita, mas muita falta, mesmo, e apesar de sabermos disso, estamos procurando nos divertir e nos aproximar.
Esse mes foi um desafio. Primeiro mudamos, inesperadamente, depois que meu sobrinho falou que odiava a Flávia e meu irmão falou que isso é normal, é coisa de criança, era um domingo a noite e nessa hora falei , quer saber? Vamos embora agora para a obra, peguei a Flávia e fomos embora, dormimos em um colchão inflável no chão da sala. Então de repente estavamos em nossa "casa". Foi difícil tentar organizar as coisas, pois não tinhamos nem feito compras ainda, mas de uma forma ou de outra tudo deu certo,e fizemos nosso primeiro almoço na "casa", a Flávia escolheu arroz  e beringela refolgada, e para o jantar o "macarrão mais delicioso que existe" (palavras da Flávia), o macarrão da mamãe. E assim foi...
No dia 21 foi o aniversário dela, sabia que não podia deixar passar em branco, mas também não estava com a menor vontade de organizar uma festa. Perguntei o que ela queria e ela queria uma festa grande, como as que ela tinha tido, até então (eu adorava organizar uma festa, e as de aniversário dela, eram muito boas, ela escolhia um tema e eu tentava executar, fazendo as coisas em casa, eu minha comadre, a Léa, a mãe da minha comadre, enfim ficava tudo lindo, e quando digo lindo, era lindo mesmo, mas mais do que isso tinhamos muito prazer em receber as pessoas, conversar, brincar, era muito divertido). Falei que não fariamos uma festa grande, pois não temos muitos amigos ainda em Londrina e que também não tinhamos muito tempo. Então imediatamente ela escolheu um churrasco com os amigos da escola e os primos. Isso foi resolvido no dia 18, o aniversário seria dia 21 (quarta feira). Na segunda de manhã, ligamos para a escola, pegamos os telefones do amiguinhos, ligamos e convidamos todos que ela queria, inclusive a professora dela e a professora de música, que ela adora, e quase todos foram, e assim a churrasqueira foi estreada e tudo deu certo no final, contratei um mágico e duas pessoas para brincar com as crianças. Ela se divertiu muito, gostou de tudo, brincou muito e não parava de agradecer por ter feito a festa para ela (ela realmente é o máximo), para mim o pior foi ter ficado sozinha com ela, desde o primeiro ano dela, procuramos fazer uma foto, em que  nós dois beijamos ela, e isso virou uma tradição, a ponto de falarmos e seria para sempre. Então foi totalmente sem graça não ter o Eduardo ao meu lado.
Montamos a árvore de natal, no dia 23, montei uma árvore pequena com alguns enfeites e luzes para conduzir o papai noel, e não é que ele veio mesmo? Trouxe o que estava pedido na carta dela e na minha, eu ganhei uma maquina fotografica, foi o que pedi. No dia 25 ela ficou muito feliz, fomos almoçar em um restaurante, eu e ela,e a tarde fomos até a casa do meu pai. Foi um natal estranho.
Dia 27 a Flávia bateu o queixo no escorregador, cortou, levei para o pronto socorro e precisou de pontos, 6 ou 7, não consegui contar até o final, foi a primeira vez que isso aconteceu com ela e foi muito tenso, para ela e para mim, mais uma vez, foi muito ruim estar sozinha, mas a Flávia enfrentou com coragem e muito choro, ela conseguiu vencer toda tensão e medo, e deixou costurar. Ela é muito corajosa.
Dia 28 viajamos para o hotel, onde estamos. Estava me sentido muito insegura, eu dirijo direitinho, mas confesso que não pegava uma estrada sozinha há muito tempo, muito tempo mesmo. Quando viajavamos o Eduardo que dirigia, ele gostava de cuidar de nós, eu também gostava. Sai de Londrina, demosntrando toda segurança para a Flávia, mas no fundo estava com um medo, uma insegurança, uma apreensão, que eu não conseguia explicar, mas conforme os kilometros foram passando, fui conseguindo relaxar um pouco e conseguimos chegar (depois de 3 horas de viagem) sãs e salvas. E aqui estou eu agora, escrevendo ao invés de estar fazendo algo divertido. Tem sido super sem graça ficar sozinha quase que o tempo todo, mas também está sendo bom, tenho podido ficar um pouco mais comigo mesma.
Agora há pouco estava sentada na prainha (um praia artificial que tem aqui), e ví uma moça passando o protetor solar no marido, e não pude deixar de lembrar quantas vezes eu fiz isso, e foram tantas e tantas, que naquele momento, fechando os olhos pude lembrar de cada detalhe, de cada músculo, de cada pelo do corpo dele, foi uma sensação estranha, pois lembrei de tudo em detalhes, começando pelas costas, descendo até os pés e subindo pelo lado da frente, lembrei e senti cada detalhe dele como se ele estivesse na minha frente, não consegui segurar as lágrimas, mas adorei. Será que isso é a saudade sem fim????
Que venha a meia noite e que passe logo. Não sei como vai ser não ganhar meu gostoso beijo de ano novo seguido de um brinde com um espumante maravilhoso. E, é claro, da primeira "trepada" do ano.
Que venha o ano novo....

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

NÓS MUDAMOS...

Mudamos no domingo passado. Estamos em nossa nova 'casa', eu e a Flávia. Esta sendo super sem graça, mas, mudamos, estamos em nossa "casa".